segunda-feira, 19 de outubro de 2009

por dinheiro

estantedehomensNão sou do tipo que quer transformar o planeta, acabar com o capitalismo ou fazer todos pensarem como eu ( por mais que lute até o fim para defender o que pense). Não tenho problemas com as diferenças, na verdade prefiro elas à mesmisse. Já pensou viver em um local em que todos pensam iguais? Possivelmente não existiriam botecos e as filosofias que surgem nos bate-papos após alguns copos lagoinhas esvaziados e tanto nos divertem. Algo definitivamente muito triste...

Mas nos últimos tempos começei a me incomodar com o modo como as pessoas lidam com o dinheiro. Ele parece ter se tornado a finalidade e não o meio. Dinheiro guardado significa história que deixou de ser criada. Ele é o instrumento que cria possibilidades, experiências. Mas as pessoas parecem ter esquecido disso. Estão colocando-o no topo do patamar na frente de qualquer coisa.

Amizade, família, realização... essas coisas valem mais do que dinheiro. Sorrir vale mais. Ser feliz vale mais. Ajudar o outro...
Só deixo uma pergunta: como consciliar uma vida plena? Como não se perder no caminho e ficar igual a esses money-maniacs que existem por aí e só vêem sifrões e índices da bolsa em sua frente?

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

The Ugly Truth

Sucesso de bilheteria no verão norteamericano, o longa A Verdade Nua e Crua traz uma série de dicas para as mulheres conquistarem os homens. Veja só as dicas do conquistador

  • ninguém se apaixona pela sua personalidade a primeira vista. Nós nos apaixonamos pela sua bunda e peito; e pelo que você consegue fazer com eles.
  • obsessão, compulsão desespero = sem homem
  • não critique. O homem não quer crescer ou aprender.
  • Luxúria, sedução e mentiras = muitos homens
  • conforto e eficiência = nada de sexo
  • ria de tudo p que eles dizem. Uma risada é igual à um orgasmo falso.
  • homem é um ser visual.
  • encare a santa e a pecadora
  • o vestido deve ser curto para se ver a coxa, mas não a virilha. Soa desesperador
  • Nunca fale dos seus problemas. O homem não quer saber dele. Nunca.
  • Tenha cabelos longos. Eles querem algo para agarrar além da bunda.
  • empine o peito
  • atrase o sexo ao máximo. Quanto mais fisurado, mais agarrado ele estará.

Se for assim, o homem e um consolo que fale é a mesma coisa.

preciso muito mentalizar o azul...

domingo, 4 de outubro de 2009

minoria

nas micaretas há o loló. Nas festas de música eletrônica, balas e doce; e nas festas de pop rock... maconha.

Hoje eu estive nesse. um festival de música que iniu pop rock, ska e o que chamo de samba universitário. Acredito que no número de não fumantes juntos não encheria uma mão. Se somarmos apenas os não fumantes de maconha... uma van ainda ficaria vazia.

É... eu virei a minoria... Droga apenas as farmaceuticas com receita médica (rs) e as bebidas alcoolicas. Deixando a piadinha ridícula de lado... é interessante ver como as pessoas precisam desses artifícios para se divertir?

Um bom papo, uma boa música, comida e bebida, além de um mar de gente amiga e bonita já não basta. É preciso deixar o pudor de lado. Se jogar. E parece que pra isso o corpo nao pode estar limpo.

Diversão virou pecado e por isso preciso enlouquecer para fungir ou me desculpar por estar pecando? Virou uma válvula de escape para a sociedade workaholic?

O que mais me assusta é a idade e a normalidade das drogas citadas acima em nossas vidas. Não há um perfil de quem usa. A sociedade a consome abertamente em eventos e a julga do portão pra fora. De 12 a 70, 89 anos. Não há idade para começar e com certeza não há para parar. O que precisamos fazer é nos conscientizar que não há nada de errado em se divertir. Que se voce precisa de alucinogenos para te manter ali, na verdade, antes de mais nada voce precisa de um psicólogo e um psiquiatra para te acompanharem em um tratamento intenso. Tem algo muito errado em sua vida que precisa ser resolvido.

A alegria não pode vir em formato de comprimido azul ou erva misturada com estrume. Você precisa encontrá-la sem esses artifícios. Eu nunca usei nada. Tenho medo do efeito que pode ter sobre o meu corpo. Tenho medo do vício e hoje, por mais feliz que seja e saiba que fiz a coisa certa ao nunca ter usado, as vezes acho que deveria. Seria mais simples já que aí isso nao me incomodaria tanto. Definitivamente ficaria mais fácil ficar junto a multidões e não me importar se a qualidade do que paguei pra ver está boa.

Mas isso não seria eu... Não seria essa pessoa que ama ser do contra e da minoria. Mesmo que isso não deixe os momentos sempre mais agradáveis.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Cirurgia plástica x prática esportiva

Recebe o release abaixo hoje e como sou do grupo a favor de entrar na faca, resolvi publicar

“Quanto tempo preciso esperar para voltar a fazer exercícios físicos ou outra atividade esportiva, após a cirurgia plástica?”. Esta é uma dúvida muito freqüente para quem planeja se submeter a uma cirurgia estética, já está acostumado a freqüentar academia ou sabe que será preciso se exercitar para manter os resultados da plástica.

Como cada procedimento exige cuidados diferenciados, o retorno às práticas esportivas também requer planejamento. “Existe um período de pós-operatório, no qual o corpo está se adaptando às novas condições e se recuperando da cirurgia. O prazo de recuperação e de maior controle na realização de vários movimentos e atividades varia de acordo com a cirurgia realizada. Mas, trata-se um intervalo de extrema importância, no qual o paciente deve seguir as recomendações médicas, para que a fase seja menos dolorida, confortável e rápida”, avalia Dr. Alan Landecker (CRM-SP 87.043), Membro Titular e Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), membro da prestigiada International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) e autor do livro Cirurgia Plástica – Manual do Paciente.

A prática de atividade física é essencial na vida das pessoas saudáveis. Mas, para que os esportes ou o fitness não interfiram nos resultados da cirurgia, é preciso avaliar caso a caso, dependendo do tipo da cirurgia, para orientar o paciente, liberando-o para os exercícios e atividades gradativamente”, argumenta o especialista.

Para falar mais sobre esse assunto, conversamos com o cirurgião plástico Dr. Alan Landecker, que responde às principais questões. Acompanhe.

1- Qual a importância de malhar depois de fazer uma cirurgia plástica?

É fundamental, principalmente em cirurgias ligadas ao contorno corporal, como a lipoescultura ou lipoaspiração. Como os músculos estão abaixo da gordura e da pele, se eles estiverem tonificados, o resultado será melhor. Quando os músculos estão flácidos, a tendência é das vísceras irem para frente e isso deixa a pessoa com barriga. Estar em boa forma física antes da cirurgia ajuda nos resultados e os exercícios físicos, depois, ajudam a tonificar a musculatura, o que otimiza os efeitos sobre a região submetida à cirurgia plástica. Músculos tonificados por meio de exercícios físicos melhoram o contorno corporal e a barriga fica mais reta. 

2) Quanto tempo depois da cirurgia a pessoa pode começar a se exercitar?

Enquanto tem pontos na região operada, o paciente não pode fazer exercícios físicos. Os pontos são retirados de 7 a 14 dias após a cirurgia plástica. Dessa forma, em média, a volta às atividades físicas pode acontecer depois de duas semanas.

A pessoa já pode começar com atividades leves, andar de bicicleta sem peso, caminhadas – nada de atividade de alto impacto. É importante que ela começe a exercitar o corpo. No ritmo adequado, a atividade física ajuda até a diminuir o inchaço mais rapidamente. 

Após um mês da cirurgia, a pessoa já pode se exercitar normalmente, com o mesmo ritmo de antes. Vale destacar que o aumento da intensidade da atividade física deve ser gradual e sempre com o acompanhamento de um profissional.  

Existem, entretanto, algumas situações específicas que devem ser consideradas:

1) Quem passou por uma cirurgia para implante de prótese de mama, tem que aguardar pelo menos dois meses para realizar exercícios de braço, como aqueles realizados nos aparelhos de musculação. A mulher também deverá utilizar, desde o início, tops que ofereçam melhor suporte, para evitar que os seios balancem.

2) Já quem fez rinoplastia deve evitar exercícios físicos que podem causar traumas durante os dois primeiros meses após a operação.

Se a pessoa não respeitar o tempo de retorno às atividades físicas, pode ocorrer sangramento, dor e inchaço, comprometendo o resultado da operação.

3) Faça uma comparação entre uma pessoa que malha depois de uma plástica e outra que não malha.

É fundamental a prática dos exercícios, porque eles ajudam na manutenção dos resultados da cirurgia, além de melhorar o contorno muscular. A cirurgia plástica não faz milagres, ela integra um plano de bem-estar, que inclui atividade física e dieta alimentar equilibrada. Quando a pessoa não realiza esse plano, a tendência é que a pessoa volte engordar.

A atividade física, após a cirurgia plástica, é benéfica em três aspectos, pois 1) melhora o tônus muscular; 2) mantém o gasto calórico e 3) ajuda na redução do inchaço. 

4) Quais os cuidados gerais que a paciente deve ter para malhar depois de uma cirurgia? Por exemplo: não fazer exercícios com peso nas duas primeiras semanas para não correr o risco de "estourar" os pontos; não malhar mais do que 1 hora por dia e cinco vezes por semanas sob o risco de...

A prática do exercício físico deve ser progressiva, a intensidade tem que ir de leve à mais intensa gradualmente. Toda esta prática tem que ser orientada por um profissional de Educação Física.

No caso da pessoa que recebeu prótese mamária, como comentamos, o ideal é usar um suporte resistente ou dois tops para dar sustentação à mama. Isso impede que os seios fiquem balançando, o que pode ocasionar flacidez de pele e deixar a região caída. No caso de lipoaspiração, o uso da cinta não é necessário durante os exercícios. Mas, deve ser colocada depois.

Mesmo as pessoas que gostam de ir à academia diariamente, podem manter esse hábito, mas respeitando o aumento gradual do ritmo. Após quatro semanas da cirurgia, ela pode malhar normalmente.

Confira abaixo os tipos de cirurgias e o tempo para a prática esportiva:

Tipo de Cirurgia Plástica

Atividade Física

Face

Exercícios intensos, como ginástica aeróbica, corrida e ciclismo, podem ser realizadas após 1 mês. Esportes de contato, tênis e outros devem ser evitados por 2 meses.

Pálpebras

Os esportes que não envolvem contato físico podem ser iniciados após 3 semanas. Esportes de contato ou com bolas devem ser evitados por 4 a 6 semanas.

Nariz

Atividades físicas devem ser evitadas por 3 a 4 semanas, já que o aumento de fluxo sanguíneo para a região da cabeça pode gerar sangramentos e retardar a reabsorção do inchaço. Após este período, pode-se retornar à rotina de atividades esportivas lentamente. Esportes de contato e modalidades com bola dever ser evitado por, pelo menos, 2 meses.

Otoplastia (orelha em abano)

Exercícios intensos como ginástica aeróbica, corrida e ciclismo, podem ser realizados após 1 mês.

Mamas

Bicicleta ergométrica pode ser realizada após 3 semanas, contanto que o tórax e os braços fiquem imóveis. Qualquer exercício que utilize os braços de forma intensa, como natação, levantamento de peso,corrida, tênis e outros esportes com bola, é permitido após 2 meses.

Lipoaspiração

Os esportes podem ser reiniciados após 3 a 4 semanas.

Cirurgia das Coxas

Qualquer atividade que utilize as pernas de forma vigorosa deve ser evitada por 2 meses. Esportes que utilizam somente braços, podem ser retomados após 3 a 4 semanas.

Fonte: Livro Cirurgia Plástica – Manual do Paciente

Prestige Assessoria de Comunicação e Marketing

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Um escândalo ainda é escândalo mesmo se você não falar sobre ele na hora?

 

A febre do twitter na mídia me fez cansar um pouco de ouvir fala dele. De repente, um canal de informação, bate-papo, virou o lugar da imprensa marrom fazer a festa. Parece que posso ser invadida a cada postagem nova. Um simples erro, acredito eu, nunca foi tão sabatinado como o da Sasha. Claro que cresceu devido ao erro da mãe ao tentar defender a filha. Foi como se tivesse tentado apagar uma chama com um litro de alcool. De qualquer forma, ele também pode ser visto como mídia viral. Ninguém prestava atenção ao filme da Xuxa até a celebre postagem. Um super marketing espontâneo. A chevrolet deve tá se mordendo...

Mas não é isso que vem ao caso. O que acontece que pintou o medo de que qq coisa que vc escrever pode se virar contra você no mesmo segundo. Acaba perdendo a espontaneidade. E não venha me dizer que é possível bloquear o conteúdo. Qualquer pessoa com o mínimo de informação sobre a rede consegue, sem custo e em pouco tempo, um programa para ver perfis bloqueados.

Aí é que entra a minha pergunta. Continuar a usar o sistema não é uma forma de dar uma força para que a invasão de privacidade se mantenha em ascensão na mídia? Será exaltar o estilo de vida voyerista que o mundo ocidental resolveu por abraçar com tanto empenho? Afinal, estamos em na fase (ou período) da velhinha fofoqueira do interior elevada à um exponêncial sem precedentes. Aquela que passava a noite na janela para ver o que acontecia na vizinhança para no dia seguinte sair contando para todos.

Me sinto como dentro do seriado Gossip Girl. Somos todos as vizinhas fofoqueiras e todos os possíveis caluniados e difamados.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

alguns motivos para jogar

 

O que comprar com R$ 21 milhões?

Quantidade

Valor médio

Iphones (8GB)

14 mil

R$ 1500

Notebooks

10 mil

R$ 2,1 mil

Carros populares

1000

R$ 21 mil

Apartamentos

140

R$ 150 mil

Casas de praia

60

R$ 350 mil

Acredito que não compraria nenhum dos ítens abaixo do segundo. Em compensação... criaria memórias incríveis em algumas poucas semanas...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

o tempo tá pouco parte 2

Podemos dizer que o corpo é sintoma da cultura uma vez que, no mundo ocidental, ele é o primeiro produto/ bem de consumo que possuímos e o tratamos como tal desde criança uma vez que vivemos em uma sociedade capitalista em que você é o que você tem. Assim, o corpo se torna o mecanismo de transformação social mais próximo que temos.

Além disso, o corpo:

  • foi o combustível da Revolução Industrial como matéria-prima: usado até exaurido e então substituído por outro mais novo para a fabricação de bens de consumo;
  • É, como foi Michael Jackson, “display, mostruário, suporte de uma ostentação de filiação presente que relega as memórias ao soterramento”;
  • É objeto de encantamento e adoração por sua perfeição, obediência total e absoluta à norma-padrão (exemplo: supermodels que usam o corpo o produto, por elas representado, de perfeição e desejo);
  • É biológico e químico, uma vez que, a juventude precisa ser preservada ao máximo já que velhice é considerada, na cultura ocidental, sinônimo de obsoleto e de finitude;
  • E é imaterial uma vez que a velocidade de existência do corpo pode variar no universo fixo e fluxo(internet) no universo biológico e semântico.

O corpo deixou de ser biológico para se tornar semântico. Vai além de meio de comunicação, ele é um catalizador de ambientes, inclusive comunicacional. Por meio das imagens o homem conseguiu a oportunidade de criar imagens sobressalentes de si mesmo, ganhando assim uma existência múltipla. Acaba-se o exíto conquistado uma única vez, a morte se distância uma vez que você se torna produto e não mais pessoa. Como produto, a possibilidade de atingir a imortalidade é maior. Por isso, segundo Norval, um ambiente comunicacional é uma atmosfera gerada pela disponibilidade dos seres, intencionalidade de estabelecer vínculos. Ou seja, uma cultura que constrói ambientes adequados a hegemonia da visão com todas as consequências que dela decorrem (JUNIOR, Norval; 2007 - p.5-6). Assim, estamos predispostos a favorecer ambientes nos quais os vínculos com outros corpos nos possibilitam sobreviver apesar de nossa finitude, uma vez que desejamos essa infinitude. E por meio delas criar histórias que se projetem além do ambiente e da fronteira.

A frase: toda comunicação começa no corpo e nele termina amplia o conceito de corpo, incluindo ele como um canal de comunicação, e ampliando este uma vez que ele incorpora fatores como vida, vínculo, historicidade e cultura[1]. A corpo se transforma em imagem, perde assim sua profundidade, volume, densidade, para acabar, como diz Norval, “destruir sua existência autônoma” (JUNIOR p.104) e transformá-la em um ícone que ocupa lugares no espaço urbano devido à sua simplicidade informativa capturada logo no primeiro olhar.

A transparência da imagem a destitui de seus valores políticos ou estéticos e a transformam apenas em informação associando-as em estratégias de marketing, governamentais, de entreteminento e do controle[2].

Hoje, vivemos a potência descontrolada da produção de imagens mediáticas e seus canais de escoamento que cresceram muito e chegaram a um ponto em que a produção artística parece se espelhar ou refletir a imagem mediática (FILHO, Norval; 2007). A cidade tornou-se uma grande tela com milhares de possibilidades de imagens que serão criadas encima de outras imagens. Um círculo infinito da imagem como instrumento. O corpo passa a refletir/ torna-se / transmitir e emitir sinais dessa imagem cultural que ao unir uma à outra pode ser vista como um ícone de um ambiente globalizado.

Nos dias atuais vivemos de forma que precisamos dialogar com o corpo em três instâncias para termos uma noção de experiência. A primeira seria o corpo em si, biológico. A segunda seriam os atributos inseridos nele e a terceira que necessita de aparatos técnicos comuns nos grandes centros urbanos sem os quais os seres humanos não experimentariam a vida presente, passada e futura já que esta está em um espaço de passagem de imagens. Essa mudança da sensibilidade do homem começou no início do século XIX como citado no princípio deste texto.

O corpo é transmissor de informações desde os primórdios da humanidade. E desenhos, ícones também fazem parte das bases de nossa sociedade uma vez que é possível ver desenhos que contam histórias de períodos mezosóicos. Ao longo da história e de acordo com a cultura em que o corpo está inserido ele se tansforma, pois tem significados diferentes. Seja o salto alto inventado na França por Luiz XV que achava que a monarquia não poderia andar no mesmo patamar dos plebeus, às roupas os colonizadores portugueses usavam e tanto os diferenciava dos ameríndios à carta de Pero Vaz de Caminha narrando o povo recém descoberto às gordinhas pré-século XV retratadas por tantos artistas às anoréxicas adoradas por tantas adolescentes nas capas de revistas.

A imagem e o corpo contemporâneo se correlacionam uma vez que já não é mais possível, a não ser em uma análise profunda, interpretar quem foi gerado a partir de quem. Nesse meio tempo surgem ícones que marcam fases, gerações, sociedades. Ícones: imagens sem nenhuma complexidade e facilmente interpretada ao ser visualizada.


[1] JUNIOR, Norval. Os Valores e as Atividades Corporais. P.103

[2] O termo controle, como aqui utilizamos foi definido por Deleuse por caracterizar a produção e multiplicação infinita de imagens que é capturada em um ambiente aberto, onde a subjetividade está capturada antes mesmo do corpo.

O tempo para postar tá pouco, a preguiça tá muita, então resolvi postar meus trabs mal feitos de conclusão de módulo antes da revisão pra manter a proposta.

 

Iniciado em junho deste ano, após a divulgação de uma série de denúncias envolvendo o presidente do Senado, José Sarney, o movimento tomou força no Twitter depois de um comentário do ator/jornalista/apresentador Rafael Bastos, seguido por mais de 20 mil pessoas nessa rede. Em seguida, outras celebridades brasileiras também se manifestaram na mesma rede como Sandy, Bruno Gagliasso, Marcos Mion, Pedro Neschling, Fernanda Paes Leme, Luciano Huck e Danilo Gentili em favor do movimento. Essas adesões aumentaram ainda mais o número de brasileiros adeptos ao projeto que no dia seguinte ficou em segundo lugar entre as tags mais procuradas na rede[1].

Em 26 de julho 7.027 pessoas seguiam a página do movimento no Twitter, rede de relacionamento criada em 2007 e que ganhou força no Brasil no início deste ano. No mesmo dia uma pesquisa sobre o movimento no Google utilizando as tags “fora sarney” foram encontrados aproximadamente 666.000 sites relacionados ao tema. Só no Orkut, principal rede de relacionamento no Brasil, há 33 comunidades sobre o movimento.

Vários meios de comunicação, como TVs, rádios e revistas e jornais impressos falaram sobre a rápida adesão ao movimento, o que inclusive levou a uma mudança de agenda do PSOL, partido da oposição, que se mobiliza para voltar do recesso e colocar na agenda do congresso a instalação de uma CPI para investigar os casos de corrupção no Senado. Outros senadores também chegaram a discursar sobre o tema no semestre passado, o auge do movimento.

O motivo da tag #foraSarney ter dado certo pode ser explicado pela pesquisa da Bullet, agência de marketing promocional, para mapear os usuários brasileiros do Twitter. A pesquisa foi desenvolvida no período entre 27 e 29 de abril, com uma amostragem de 3268 usuários brasileiros. De acordo com o estudo, os usuários do Twitter são, em sua maioria, homens (61%), jovens e adultos, na faixa de 21 a 30 anos, solteiros, do Estado de São Paulo e Rio de Janeiro. A análise também apontou que são pessoas qualificadas, estudantes do ensino superior ou já graduadas na universidade. São heavy users de internet e costumam passar quase 50 horas semanais conectados. Conhecem e utilizam as principais ferramentas 2.0. Quase 60% dos usuários são formadores de opinião, possuem seu próprio blog, além do Twitter, e conhecem a ferramenta por meio de amigos (boca-a-boca) e posts em outros blogs.

Mesmo assim, a ação no Brasil não obteve o sucesso como a do Irã porque diferente do que aconteceu no Oriente Médio, aqui ela se manteve principalmente no meio fluxo, e circulando um grupo fechado. Outro motivo que também podemos relacionar é o fato do povo brasileiro ter o histórico de ser um povo manso, que só se manifesta em multidões em casos extremos como no impeachment de Fernando Collor na década de 90, ou na ditadura militar, onde mais uma vez, era um grupo pequeno, formado principalmente por estudantes e pessoas engajadas politicamente. Não chegando à maioria da população, além de ter ocorrido com eficácia apenas nos principais centros urbanos. Além disso, o protesto fixo do movimento Fora Sarney foi agendado no meio da semana, no meio do expediente, às 14:00.

A blogueira Ana, do olhometro.com postou um texto crítico sobre o movimento: “a cobertura e a revolução que o Irã provocou não foi fabulosa simplesmente porque aconteceu no Twitter (...). Foi fabulosa porque o Twitter serviu como TRANSMISSOR de algo que estava NAS RUAS. Foi feita por pessoas, gente comum, e não apenas VJs da MTV, cantores infanto-juvenis de moicano e apresentadores de programas dominicais. (...) estavam sobre o povo que se manifestava nas ruas pela recontagem nos votos. O Twitter revolucionou apenas a maneira de MOSTRAR isso pros outros.”

O #ForaSarney está hoje nas seguintes redes:

O movimento ForaSarney ganhou visibilidade porque nasceu interativo e intertextual, afinal, ao incluir a tag #ForaSarney em um texto, ele logo era visto como parte do movimento. Como frases curtas ( devido à limitação do Twitter), os textos eram fragmentados, em primeira pessoa ( em sua maioria), e se mantinham abertos a novas propostas. Essa obra sempre inacabada, modificável, montada dentro de um processo em que cada linguagem é um modo, mas todos se inserem dentro de uma grande narrativa e rápida em sua transmissão da informação é que aumentaram ainda mais seu potencial. A tão falada interatividade atingiu níveis até pouco tempo inalcansáveis, já que extrapolou aquela reação do receptor de se manifestar com possibilidade de não ser ouvido. Todo receptor pode ser, nesse movimento, um autor em potencial. Ele não só pode comentar o assunto, como criar ferramentas e obras que fomentem ainda mais a discussão entorno do movimento.

O Fora Sarney rompeu a barreira da rede de relacionamento inicial e ganhou força própria. Não há um líder e nem uma codificação única. A possibilidade de formatos o deixou ainda mais forte. Essa individualidade proporcionou múltiplas possibilidades de manipulação na estrutura, cada vez mais líquida, ou seja, com novas possível interfaces, e como em um game, o controle está na mão do receptor. A cronologia e o tempo são rompidos nesse movimento.

Analisar o resultado do movimento Fora Sarney ainda não é possível uma vez que ele ainda está em ação, por mais que já não tenha a força de 30 dias atrás, ações do meio fixo derivadas dele ainda estão em andamento.

Além disso, é preciso entender que a rapidez de acesso à informação acaba por banalizar tudo no mundo contemporâneo. Segundo um artigo dos psiquiatras Gilles Lipovetsky e José Paulo Serralheiro, a apatia que toma conta progressivamente do ser humano corresponde à velocidade da informação. Esta, uma vez registrada é esquecida. Varrida de cena por uma outra.

Dessa maneira, a reflexão sobre o problema é a forma de fazer o movimento ganhar força e alcançar o resultado já que ele(o sujeito) preciso manter-se engajado, mesmo que em um movimento no ambiente fluxo, sem desviar a atenção à outro objeto como é de custume. É preciso que as pessoas parem para refletir sobre o que é realmente o movimento e não deixá-lo morrer como uma trend. No caso desse movimento, a obra não pode ficar apenas no processo, em criar provocações. É preciso a adesão popular como aconteceu no Irã. O ambiente fluxo deve, no caso dessa análise, ser um fomentador de mudanças no ambiente fixo e não apenas um local para que as discussões apareça de desapareçam na mesma velocidade alterando em pouco a noção de cidadânia e direito que o povo brasileiro tem.


[1] Segundo o site blablabra.net que mantém uma pesquisa sobre a rede de miniblog, no Brasil são postados 3,2 tweets por segundo.

terça-feira, 28 de julho de 2009

PetHouse no Extra em BH perde cachorra e processa o dono do animal


Esse texto eu peguei do http://pastelzinho.blogspot.com/. Sei que a história é real porque a dona do bichinho é minha amiga e gostaria que vocês ajudassem a divulgar essa história também, afinal, pode acontecer com qualquer um de nós.

"Recebi um email de um redator amigo meu que enfrentou uma situação das mais sérias com o Pet House, que fica no Supermercado Extra do Belvedere, em BH.
Segundo o meu amigo, o carro do petshop pegou seus dois cães no dia 15/07 e, na hora da entrega, deixaram a cadelinha fugir. Somente mais de uma semana depois o PetHouse deu notícias de que havia encontrado a cadelinha morta por atropelamento. Além disso, em momento nenhum foram solícitos com os donos. Demoraram para informar que haviam perdido a cachorrinha. Foram 3 horas de atraso.
O dono da Pet House, ao invés de assumir o erro ou de pelo menos lamentar a situação, apresentou-se como advogado e eximiu-se de culpa, dizendo que aquilo havia sido um aprendizado para eles. Depois disso, houve um bate boca, a coisa esquentou e tudo ficou como estava: meu amigo com a cadelinha morta e a Pet House achando que foi tudo apenas um acidente."
Eu tenho dois cães. Ambos já frequentaram esse mesmo pet shop por ser próximo de casa, mas o poodle, que é o menor, sempre voltava com a pele um pouco avermelhada na região em que faziam a tosa higienica e passava uma semana se lambendo. A maior covardia. Por isso, deixamos de levá-los lá.

A internet é a forma mais rápida de avisar quando há um problema e por isso desse post. Além disso, quando a gatinha lá de casa morreu por cirrose hepática (envenenamento) eu chorei como se um parente estivesse falecido.

sábado, 25 de julho de 2009

desapareci mas voltei

Há mais de um mês eu abandonei o blog. Posso culpar a falta de tempo, o monte de coisa que tenho feito, mas a verdade é que eu cansei. Não do blog, mas de tudo e nem tenho feito tanta coisa assim. Ando pensando em comprar um gravador digital e começar a postar postcast, que deve ser mais rápido. Mas depois acho que não vai rolar também.

No momento eu saí do que tava me consumindo psicologicamente e resolvi tirar umas férias, em meio horário, do mundo. Também optei por evitar ao máximo os problemas que sempre me perseguem. É impressionante como os pepinos me seguem. Também, fudência não foi um apelido que surgiu por acaso...

Mas deixa isso pra lá....

Ando mexendo em algumas fotos e tenho pensado em deixar minhas redes integradas, mas ainda não consegui chegar à uma conclusão sobre isso. Afinal, além de ser uma pessoa comum eu tenho NPS (Normal Person Sindrome) e ter minha vida tão aberta na rede pode não ser muito legal.

mas deixa isso pra lá...

Outro dia, na pós a Carla Mendonça comentou sobre a mulher como a obrigada por manter a beleza da sociedade. Foi um comentário muito breve mas que me fez pensar muito sobre o assunto. Realmente é mesmo a mulher que sempre precisa estar impecável e já percebeu o quanto isso custa? Não falo apenas da questão econômica como também da dor que causa (depilação OUT!) e do tempo. O tempo que passamos pensando no que vestir, ou não. No sapato que falta dentro do guarda-roupa que faz toda a diferença. Eu não coloquei no papel o que gasto com beleza e posso dizer com total conhecimento de causa que sou uma pessoa desleixada, mas somando os gastos com roupas, sapatos, salão e produtos consumidos nas últimas duas semanas e multiplicando por doze, dá pra dizer que poderia passar minhas férias anuais em países que pretendo conhecer, mas no momento... bem... podemos dizer que amo mais roupas e sapatos. rs.... until for now

mas deixa isso pra lá...

Estou um uma matéria sobre hostess e o mais legal é que eu fui a uma boate gay. Nunca tinha ido e por mais que eu apoie o movimento GLBTS sempre existe o pré-conceito gerado pela sociedade. Quando entrei vi que na verdade o público é misto. O respeito é algo impressinante. A música e o ambiente muito gostosos e a hostess um amor de pessoa. Fantástico. Hoje é a última noite da apuração da reportagem. Muito louco, conhecer pessoas é muito bom.

mas deixar isso pra revista... é melhor...

Até porque esqueci de contar que após 7 anos eu me tornei uma freechurch e isso tem sido muito bom. A melhor coisa em muito tempo. Muito, muito tempo.

mas deixa isso pra lá. Segue algumas fotos que fiz.

CAETÉ - SERRA DA PIEDADE

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TURMA DO PCPI NA EXPOSIÇÃO DE LIVRO OBJETO NA MP5

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EM FAMÍLIA

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