domingo, 20 de junho de 2010

devaneios

Dia de jogo do Brasil é uma festa. Pra eu, que não curto futebol, também. Mas não pelo fato de poder exercer meu patriotismo ou por torcer pelo Brasil. Gosto é da concentração do jogo. Um momento para encontrar amigos, colocar o papo em dia. Acredito que isso pode ser feito diariamente, mas os compromissos impedem. Então, é em dia de jogo que as pessoas abrem espaço para não fazerem nada e aí arrumam a desculpa de que precisam torcer.
O jogo de hoje foi assim. Acompanhei tudo do jardim enquanto conversava sobre a vida com uma amiga. Vi os gols? não. Mas quem se importa? Eu não! Você já percebeu como a visão é tudo pra muita gente. Existem outros 4 sentidos que precisamos usar e a audição é um deles. Também não tinha rádio e moro em uma região calma, mas pude ouvir os chutes a gol, gol do timão e do Brasil. De certa forma comemorei, mas pra mim, o mais importante, entre as picadas de pernilongos, foi o tempo ao lado de uma amiga. São esses nossos momentos preciosos.
Logo, não entendo essa mania interiorana de ir pra cozinha. Ali você bate-papo enquanto faz outra coisa, o principal. Ficam todos desconfortáveis. Por que não usar o velho e confortável sofá que te espera com os braços abertos e iluminação apropriada?
Arrumar a cozinha é coisa que fica pra depois. Pessoas são mais importantes, principalmente quando o tempo que se passa com elas é tão pequeno.
Não posso dizer que tenho uma puta experiência de vida, pois além de nova (quase 30), sou um pouco protegida, mas uma coisa eu aprendi: ao tentar fazer muito, acabamos não fazendo nada e podemos perder tudo.
Tudo na vida é experiência. Assim, de nada adianta fazer algo se você não presta atenção naquilo. É parte da sua vida que não volta e foi desperdiçada. Sei que é difícil viver cada momento como se fosse o último, mas lembre-se: ele é único!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

desabafo

Tenho fases emocionais durante o ano. Nessa época sou deprimida e insatisfeita. É sempre a mesma coisa. E quando estou assim tenho a ânsia de me isolar das pessoas. É hora de ficar só com minhas emoções para conseguir sobreviver até dezembro quando a quantidade de despedidas e o excesso de trabalho fazem com que eu desvie o foco. E aí, quando o inverno chega, todos aqueles sentimentos retornam. Um ciclo infalível.
Contudo, tenho a impressão que a cada ano esse tempo fica maior e os dramas tem se repetido. E aí relembro a frase de uma amiga após uma série de testes para uma análise que fiz: se você não resolver sua insatisfação, acabará se mudando para uma floresta!
Não penso em me isolar da sociedade, mas sei que preciso fazer algo. Normalmente as mudanças profissionais sanam a crise. Mas não vem ao caso este ano. A saúde é sempre uma boa opção, mas não sei se desta vez funcionará. Por isso, optei pela psicologia. Agendei um psiquiatra e preciso voltar a análise. Quem sabe não será assim que encontrarei a chave para a insatisfação? Ou entenderei que a floresta é mesmo o meu caminho e ficarei feliz entre os animais?
Hoje, enquanto estava no trânsito pensava no jogo do Brasil de ontem. Ou melhor, no barulho das vuvuzelas e cheguei à conclusão que as vuvuzelas em minha mente são mais chatas do que as africanas e não cessam com rapidez.