terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Finjo não doer

Estão me manipulando e finjo não ver afinal o que os olhos não vêm o coração não sente, não estou certa? Bem provável que esse seja o ditado popular mais errado do universo.
Porque no fim do dia os olhos que insistem em permanecer abertos são os meus. A cabeça que não consegue desligar é a minha e a raiva latente consome minha energia.
Meu meu meu meu meu meu meu meu meu
Parece egoísmo, mas a verdade é que existem coisas que a gente precisa fazer pra se reconhecer como indivíduo. Pra nos afirmar como ser de vontade e desejos, de sonhos e esperanças. Quando tudo é definido pelo coletivo, o futuro de um morre. Viramos escravos do progresso da sociedade e o único deixa de existir.
Eu preciso é da Bahia. de axé. do reggae.
Tenho que romper as amarras sociais. Me libertar do capitalismo que me enraiza e só me deixa ver o sol, mas não toca-lo. Quero ser queimada, torrada, transformada em pó, em um nada para, quem sabe, renascer fenix.