terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Villa Vittini - episódio da semana

Esse aromatizador para carro foi deixado aqui em casa hoje com um pedido de desculpas. Só tenho que agradecer, mas não posso ficar com ele. O por que? Um aromatizador não é um pedido de desculpas. O que solicitei no e-mail enviado ao Gustavo quando ele perguntou: "Mocinha...me coloco a sua disposição para resolver qualquer inconveniente que os serviços de nossa empresa possam ter lhe causado. Atenciosamente Gustavo Nogueira"; Respondi: "Espero que o que aconteceu comigo não se repita."
Ontem, dia 20 de dezembro às 17h54 meu celular tocou. Era a Ana gerente da loja me informando que havia recebido meu e-mail e gostaria que eu levasse a sapatilha que comprei para ela. Primeiro eu não havia enviado um e-mail para ela e segundo: Isso devia ter sido feito em 2007. Não agora. Neguei o pedido, claro. Tem 3 anos que comprei a maldita sapatilha. Em momento algum, após a recusa deles em trocar o produto, solicitei meu dinheiro de volta. Optei por não entrar no juizado de pequenas causas e usar os meios que tenho a meu favor: minha fala e as redes sociais como uma forma de ajudar os outros a não caírem na mesma furada que eu. São nossas escolhas que nos ferram. Logo, eu escolhi comprar na loja e em função dessa escolha amarguei o prejuizo e a decepção. Além de horas no celular.
A história completa você pode ler no post de 24 de outubro de 2007.
Uma empresa como a Villa Vittini, que é destinada à um público classe A, deve vender serviço. Produtos podem ser comprados em qualquer lugar. Serviço não. E o erro deles está aí. Se alguém paga por um produto ali, está comprando também o valor agregado que a marca construiu que é a de qualidade. Mas vejam só como são as coisas.
Agora a pouco cheguei em casa e mostrei o que a empresa havia enviado. Aí minha tia falou. "Aproveita  e leva esse chinelo que ganhei no meu aniversário lá". A rasteirinha que você vê na foto ao lado foi comprada em meados de novembro. Pouco mais de um mês atrás e está descosturando como você pode ver na foto ao lado.
Sendo assim, o que mudou nos últimos 3 anos??? Os produtos continuam sem qualidade? Ou é considerado qualidade durar 1 mês.
Amo sapatos, mas o que uso mesmo são sandálias, rasteiras, sapatilhas e tênis. São mais confortáveis pra eu que passo o dia todo pra cima e pra baixo. Existem milhares de lojas em BH que vendem sapatos. Há pouco mais de 100km está localizada a cidade de Nova Serrana, na BR-262, onde existem centenas de fábricas de sapatos que muitas empresas compram e colocam suas etiquetas.
Mas se você, como eu, gosta de comprar qualidade agregado à design, existem outras empresas na cidade que vendem esses produtos e tem um excelente relacionamento pós venda com seus clientes. Indico na Claudia Mourão (Capodarte e Equipage fazem parte do grupo) e Luiza Barcellos. Você ficará mais bem servida.
Enquanto à Novela Villa Vittini, se houver outro capítulo eu postarei aqui.

PS: a rasteirinha será levada onde foi comprada para uma análise assim que possível.

Vamos ajudar a Maria

Estava com alguns amigos na Savassi, em BH, quando apareceu uma moça ao meu lado trazendo com ela Maria. E foi assim que eu conheci uma das moradoras do Conjunto Esperança.
Maria faz parte das más estatísticas desse país. Criou sozinha os filhos e hoje cria 2 netas. Uma de 7 e outra de 4 anos de idade. Não tem emprego, poucos e antigos móveis em casa, está subnutrida e tem asma. Quando consegue, a família tem 1 refeição por dia.
Eu não perguntei a idade de Maria e é impossível saber pela fisionomia, mas deve ser alguém jovem que, maltratada pela vida, parece ser bem idosa.
Mas vamos ao que quero: eu tenho aqui em casa algumas peças de roupa e cesta natalina que irei levar amanhã. Só que essa família precisa de mais e é aí que conto com a ajuda de vocês. Material escolar, roupas para criança e também roupas número P, 34 ou 36. Não precisa ser novo porém, nada de enviar tosqueiras. Espero poder contar com todos para que essa família possa, pelo menos nos últimos dias do ano, ter mais do que uma refeição por dia.
Meu e-mail para contato é: angelica.castro@gmail.com

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Adeus ano velho

Em 11 dias o ano termina e adoraria dizer que meus problemas também. Mas não. Esses continuarão a me adormentar por boa parte da minha vida ( se tiver sorte e o analista for bom).

2010 foi o ano da espera e do ócio principalmente. Optei por deixá-lo passar. Ver onde as ondas iam me levar e quer saber: esse negócio de ir com a maré é a maior furada. Se você não morrer na praia, morrerá afogada. Qual o meu caso? ainda não descobri e espero encontrar um barquinho pra pular antes.
Saindo dessa análise mais do que chata e obrigatória do que foi o ano que passou, gostaria de deixar registrado o quão chato é entrar de férias no fim do ano. Se já é uma época de trabalho dobrado, imagine ao ficar 30 dias fora. Dizer que estou fudida é pouco. Os ho ho hos natalinos ainda não badalaram em mim. Estou mais para o Grinch.

Não quero saber de Natal. estou cansada. Quero uma rede e um galão de caipirinha para beber. Não quero chegar de viagem ( sim, minha família mora no interior) e ir para o supermercado lotado de pessoas brigar pelo último peru, pela garrafa de vinho barata e comprar aquela maldita lembrancinha para o amigo oculto que demora 3 horas para acabar. Em seguida é chegar em casa e ir para a cozinha. Enquanto o peru marina e a sobremesa gela, ou assa, eu vou pra pia. Afinal, quando os convidados chegarem é preciso que a casa esteja um 'brio'. Se tiver sorte, lavarei as louças antes do peru ficar pronto. Aí é dar uma ajeitada na casa, brigar com todos que deixaram suas malas espalhadas pela casa e montar o restante da decoração de natalina.

Sem demoras que a cozinha te aguardo. Prepare o tutu, arroz, farofa e a salada que ninguém como mas é obrigatória. Sirva castanhas, frutas secas e outros belisquetes com os quais a família será obrigada a conviver até meia noite e corra para o banho, pois os convidados estão chegando.

Chega todo mundo com um sorriso no rosto e presentes nas mãos. Eu estou com as mãos fedendo alho, pois não há perfume francês que desfarce o cheiro.

Rola os cumprimentos, o "quanto tempo, hein?" só pra alfinetar que você sumiu. Vocês conversam sobre o tempo, a vizinha safada, o desconhecido que teve uma morte trágica recentemente. Na verdade, eles, pois você está pegando parte das conversas enquanto se desdobra entre a cozinha e a sala. Alguém relembra que antigamente, quando as crianças ainda eram crianças que alguém vestia de papai noel e todos riem. Isso sem uma gota de álcool por que para o vovô a família dele é modelo e ninguém bebe, fuma ou fode. Sorte que o vinho barato está na cozinha e todos na sala.

Quando o relógio marca 10 da noite as pessoas já avisam que tem outra ceia e que o ideal é servir agora. Mas o que todos estão realmente pensando é que mais de 3 horas com a família toda reunida só pode dar merda. É feita a ceia, meu avô agradece pela família maravilhosa e unida que ele tem. As bricadeiras de amigo oculto começam e junto algumas alfinetadas que renderão anos a fio. Sorte que já é quase meia noite e aí todos se vão. Bem... quase todos. Ainda tenho a louça pós ceia para você (eu) lavar.

A festa pós ceia que tanto planejei ir? Onde já estava programado beber pra ficar igual um gambá? Pra essa já não tenho pique. Nem para chegar até a cama. Me desfaleço no sofá e acordo quando alguém abre a porta trazendo o nascer do sol pra perto de mim e dizendo que foi a festa mais louca que já foi na última semana.


Pra piorar, por que poço não tem fundo, é que dia 25 de dezembro e tudo está fechado. Nada mais justo já que somos todos filhos de deus. Até os ateus. Aí você boda na frente da TV que também dispensou suas equipes e colocou só porcaria pra ser exibida e torce para dia 26 chegar rápido.

O alívio é saber que você terá 365 dias de descanso até o próximo.

Agora pergunto: por que não posso fazer uma roda de viola. Muita cerveja, refrigerante, suco, vinho, linguicinhas, mandioca, batata, tudo frito. Vários amigos e o direito de usar pratos e copos descartáveis??? Isso tira o glamour da noite?
Não entendo o conceito de glamour que os outros tem. Pra mim glamour é tempo livre e bem gasto com as pessoas que amo e não ficar na cozinha enquanto todos conversam na sala.
Por isso, eu sou o Grinch.

PS: eu me dou bem com minha família (quase todos). Só não tô com saco pra ter todos reunidos em um remake de American Dream.