Esse aromatizador para carro foi deixado aqui em casa hoje com um pedido de desculpas. Só tenho que agradecer, mas não posso ficar com ele. O por que? Um aromatizador não é um pedido de desculpas. O que solicitei no e-mail enviado ao Gustavo quando ele perguntou: "Mocinha...me coloco a sua disposição para resolver qualquer inconveniente que os serviços de nossa empresa possam ter lhe causado. Atenciosamente Gustavo Nogueira"; Respondi: "Espero que o que aconteceu comigo não se repita."
Ontem, dia 20 de dezembro às 17h54 meu celular tocou. Era a Ana gerente da loja me informando que havia recebido meu e-mail e gostaria que eu levasse a sapatilha que comprei para ela. Primeiro eu não havia enviado um e-mail para ela e segundo: Isso devia ter sido feito em 2007. Não agora. Neguei o pedido, claro. Tem 3 anos que comprei a maldita sapatilha. Em momento algum, após a recusa deles em trocar o produto, solicitei meu dinheiro de volta. Optei por não entrar no juizado de pequenas causas e usar os meios que tenho a meu favor: minha fala e as redes sociais como uma forma de ajudar os outros a não caírem na mesma furada que eu. São nossas escolhas que nos ferram. Logo, eu escolhi comprar na loja e em função dessa escolha amarguei o prejuizo e a decepção. Além de horas no celular.
A história completa você pode ler no post de 24 de outubro de 2007.
Uma empresa como a Villa Vittini, que é destinada à um público classe A, deve vender serviço. Produtos podem ser comprados em qualquer lugar. Serviço não. E o erro deles está aí. Se alguém paga por um produto ali, está comprando também o valor agregado que a marca construiu que é a de qualidade. Mas vejam só como são as coisas.
Agora a pouco cheguei em casa e mostrei o que a empresa havia enviado. Aí minha tia falou. "Aproveita e leva esse chinelo que ganhei no meu aniversário lá". A rasteirinha que você vê na foto ao lado foi comprada em meados de novembro. Pouco mais de um mês atrás e está descosturando como você pode ver na foto ao lado.
Sendo assim, o que mudou nos últimos 3 anos??? Os produtos continuam sem qualidade? Ou é considerado qualidade durar 1 mês.
Amo sapatos, mas o que uso mesmo são sandálias, rasteiras, sapatilhas e tênis. São mais confortáveis pra eu que passo o dia todo pra cima e pra baixo. Existem milhares de lojas em BH que vendem sapatos. Há pouco mais de 100km está localizada a cidade de Nova Serrana, na BR-262, onde existem centenas de fábricas de sapatos que muitas empresas compram e colocam suas etiquetas.
Mas se você, como eu, gosta de comprar qualidade agregado à design, existem outras empresas na cidade que vendem esses produtos e tem um excelente relacionamento pós venda com seus clientes. Indico na Claudia Mourão (Capodarte e Equipage fazem parte do grupo) e Luiza Barcellos. Você ficará mais bem servida.
Enquanto à Novela Villa Vittini, se houver outro capítulo eu postarei aqui.
PS: a rasteirinha será levada onde foi comprada para uma análise assim que possível.
algumas coisas simplesmente estão aí e são assim por ser. não há resposta, teorema ou tese que expliquem. Faz parte da vida as coisas simplesmente existirem e, às vezes, não fazer sentido.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Vamos ajudar a Maria
Estava com alguns amigos na Savassi, em BH, quando apareceu uma moça ao meu lado trazendo com ela Maria. E foi assim que eu conheci uma das moradoras do Conjunto Esperança.
Maria faz parte das más estatísticas desse país. Criou sozinha os filhos e hoje cria 2 netas. Uma de 7 e outra de 4 anos de idade. Não tem emprego, poucos e antigos móveis em casa, está subnutrida e tem asma. Quando consegue, a família tem 1 refeição por dia.
Eu não perguntei a idade de Maria e é impossível saber pela fisionomia, mas deve ser alguém jovem que, maltratada pela vida, parece ser bem idosa.
Mas vamos ao que quero: eu tenho aqui em casa algumas peças de roupa e cesta natalina que irei levar amanhã. Só que essa família precisa de mais e é aí que conto com a ajuda de vocês. Material escolar, roupas para criança e também roupas número P, 34 ou 36. Não precisa ser novo porém, nada de enviar tosqueiras. Espero poder contar com todos para que essa família possa, pelo menos nos últimos dias do ano, ter mais do que uma refeição por dia.
Meu e-mail para contato é: angelica.castro@gmail.com
Maria faz parte das más estatísticas desse país. Criou sozinha os filhos e hoje cria 2 netas. Uma de 7 e outra de 4 anos de idade. Não tem emprego, poucos e antigos móveis em casa, está subnutrida e tem asma. Quando consegue, a família tem 1 refeição por dia.
Eu não perguntei a idade de Maria e é impossível saber pela fisionomia, mas deve ser alguém jovem que, maltratada pela vida, parece ser bem idosa.
Mas vamos ao que quero: eu tenho aqui em casa algumas peças de roupa e cesta natalina que irei levar amanhã. Só que essa família precisa de mais e é aí que conto com a ajuda de vocês. Material escolar, roupas para criança e também roupas número P, 34 ou 36. Não precisa ser novo porém, nada de enviar tosqueiras. Espero poder contar com todos para que essa família possa, pelo menos nos últimos dias do ano, ter mais do que uma refeição por dia.
Meu e-mail para contato é: angelica.castro@gmail.com
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Adeus ano velho
Em 11 dias o ano termina e adoraria dizer que meus problemas também. Mas não. Esses continuarão a me adormentar por boa parte da minha vida ( se tiver sorte e o analista for bom).
2010 foi o ano da espera e do ócio principalmente. Optei por deixá-lo passar. Ver onde as ondas iam me levar e quer saber: esse negócio de ir com a maré é a maior furada. Se você não morrer na praia, morrerá afogada. Qual o meu caso? ainda não descobri e espero encontrar um barquinho pra pular antes.
Saindo dessa análise mais do que chata e obrigatória do que foi o ano que passou, gostaria de deixar registrado o quão chato é entrar de férias no fim do ano. Se já é uma época de trabalho dobrado, imagine ao ficar 30 dias fora. Dizer que estou fudida é pouco. Os ho ho hos natalinos ainda não badalaram em mim. Estou mais para o Grinch.
Não quero saber de Natal. estou cansada. Quero uma rede e um galão de caipirinha para beber. Não quero chegar de viagem ( sim, minha família mora no interior) e ir para o supermercado lotado de pessoas brigar pelo último peru, pela garrafa de vinho barata e comprar aquela maldita lembrancinha para o amigo oculto que demora 3 horas para acabar. Em seguida é chegar em casa e ir para a cozinha. Enquanto o peru marina e a sobremesa gela, ou assa, eu vou pra pia. Afinal, quando os convidados chegarem é preciso que a casa esteja um 'brio'. Se tiver sorte, lavarei as louças antes do peru ficar pronto. Aí é dar uma ajeitada na casa, brigar com todos que deixaram suas malas espalhadas pela casa e montar o restante da decoração de natalina.
Sem demoras que a cozinha te aguardo. Prepare o tutu, arroz, farofa e a salada que ninguém como mas é obrigatória. Sirva castanhas, frutas secas e outros belisquetes com os quais a família será obrigada a conviver até meia noite e corra para o banho, pois os convidados estão chegando.
Chega todo mundo com um sorriso no rosto e presentes nas mãos. Eu estou com as mãos fedendo alho, pois não há perfume francês que desfarce o cheiro.
Rola os cumprimentos, o "quanto tempo, hein?" só pra alfinetar que você sumiu. Vocês conversam sobre o tempo, a vizinha safada, o desconhecido que teve uma morte trágica recentemente. Na verdade, eles, pois você está pegando parte das conversas enquanto se desdobra entre a cozinha e a sala. Alguém relembra que antigamente, quando as crianças ainda eram crianças que alguém vestia de papai noel e todos riem. Isso sem uma gota de álcool por que para o vovô a família dele é modelo e ninguém bebe, fuma ou fode. Sorte que o vinho barato está na cozinha e todos na sala.
Quando o relógio marca 10 da noite as pessoas já avisam que tem outra ceia e que o ideal é servir agora. Mas o que todos estão realmente pensando é que mais de 3 horas com a família toda reunida só pode dar merda. É feita a ceia, meu avô agradece pela família maravilhosa e unida que ele tem. As bricadeiras de amigo oculto começam e junto algumas alfinetadas que renderão anos a fio. Sorte que já é quase meia noite e aí todos se vão. Bem... quase todos. Ainda tenho a louça pós ceia para você (eu) lavar.
A festa pós ceia que tanto planejei ir? Onde já estava programado beber pra ficar igual um gambá? Pra essa já não tenho pique. Nem para chegar até a cama. Me desfaleço no sofá e acordo quando alguém abre a porta trazendo o nascer do sol pra perto de mim e dizendo que foi a festa mais louca que já foi na última semana.
Pra piorar, por que poço não tem fundo, é que dia 25 de dezembro e tudo está fechado. Nada mais justo já que somos todos filhos de deus. Até os ateus. Aí você boda na frente da TV que também dispensou suas equipes e colocou só porcaria pra ser exibida e torce para dia 26 chegar rápido.
O alívio é saber que você terá 365 dias de descanso até o próximo.
Agora pergunto: por que não posso fazer uma roda de viola. Muita cerveja, refrigerante, suco, vinho, linguicinhas, mandioca, batata, tudo frito. Vários amigos e o direito de usar pratos e copos descartáveis??? Isso tira o glamour da noite?
Não entendo o conceito de glamour que os outros tem. Pra mim glamour é tempo livre e bem gasto com as pessoas que amo e não ficar na cozinha enquanto todos conversam na sala.
Por isso, eu sou o Grinch.
PS: eu me dou bem com minha família (quase todos). Só não tô com saco pra ter todos reunidos em um remake de American Dream.
2010 foi o ano da espera e do ócio principalmente. Optei por deixá-lo passar. Ver onde as ondas iam me levar e quer saber: esse negócio de ir com a maré é a maior furada. Se você não morrer na praia, morrerá afogada. Qual o meu caso? ainda não descobri e espero encontrar um barquinho pra pular antes.
Saindo dessa análise mais do que chata e obrigatória do que foi o ano que passou, gostaria de deixar registrado o quão chato é entrar de férias no fim do ano. Se já é uma época de trabalho dobrado, imagine ao ficar 30 dias fora. Dizer que estou fudida é pouco. Os ho ho hos natalinos ainda não badalaram em mim. Estou mais para o Grinch.
Não quero saber de Natal. estou cansada. Quero uma rede e um galão de caipirinha para beber. Não quero chegar de viagem ( sim, minha família mora no interior) e ir para o supermercado lotado de pessoas brigar pelo último peru, pela garrafa de vinho barata e comprar aquela maldita lembrancinha para o amigo oculto que demora 3 horas para acabar. Em seguida é chegar em casa e ir para a cozinha. Enquanto o peru marina e a sobremesa gela, ou assa, eu vou pra pia. Afinal, quando os convidados chegarem é preciso que a casa esteja um 'brio'. Se tiver sorte, lavarei as louças antes do peru ficar pronto. Aí é dar uma ajeitada na casa, brigar com todos que deixaram suas malas espalhadas pela casa e montar o restante da decoração de natalina.
Sem demoras que a cozinha te aguardo. Prepare o tutu, arroz, farofa e a salada que ninguém como mas é obrigatória. Sirva castanhas, frutas secas e outros belisquetes com os quais a família será obrigada a conviver até meia noite e corra para o banho, pois os convidados estão chegando.
Chega todo mundo com um sorriso no rosto e presentes nas mãos. Eu estou com as mãos fedendo alho, pois não há perfume francês que desfarce o cheiro.
Rola os cumprimentos, o "quanto tempo, hein?" só pra alfinetar que você sumiu. Vocês conversam sobre o tempo, a vizinha safada, o desconhecido que teve uma morte trágica recentemente. Na verdade, eles, pois você está pegando parte das conversas enquanto se desdobra entre a cozinha e a sala. Alguém relembra que antigamente, quando as crianças ainda eram crianças que alguém vestia de papai noel e todos riem. Isso sem uma gota de álcool por que para o vovô a família dele é modelo e ninguém bebe, fuma ou fode. Sorte que o vinho barato está na cozinha e todos na sala.
Quando o relógio marca 10 da noite as pessoas já avisam que tem outra ceia e que o ideal é servir agora. Mas o que todos estão realmente pensando é que mais de 3 horas com a família toda reunida só pode dar merda. É feita a ceia, meu avô agradece pela família maravilhosa e unida que ele tem. As bricadeiras de amigo oculto começam e junto algumas alfinetadas que renderão anos a fio. Sorte que já é quase meia noite e aí todos se vão. Bem... quase todos. Ainda tenho a louça pós ceia para você (eu) lavar.
A festa pós ceia que tanto planejei ir? Onde já estava programado beber pra ficar igual um gambá? Pra essa já não tenho pique. Nem para chegar até a cama. Me desfaleço no sofá e acordo quando alguém abre a porta trazendo o nascer do sol pra perto de mim e dizendo que foi a festa mais louca que já foi na última semana.
Pra piorar, por que poço não tem fundo, é que dia 25 de dezembro e tudo está fechado. Nada mais justo já que somos todos filhos de deus. Até os ateus. Aí você boda na frente da TV que também dispensou suas equipes e colocou só porcaria pra ser exibida e torce para dia 26 chegar rápido.
O alívio é saber que você terá 365 dias de descanso até o próximo.
Agora pergunto: por que não posso fazer uma roda de viola. Muita cerveja, refrigerante, suco, vinho, linguicinhas, mandioca, batata, tudo frito. Vários amigos e o direito de usar pratos e copos descartáveis??? Isso tira o glamour da noite?
Não entendo o conceito de glamour que os outros tem. Pra mim glamour é tempo livre e bem gasto com as pessoas que amo e não ficar na cozinha enquanto todos conversam na sala.
Por isso, eu sou o Grinch.
PS: eu me dou bem com minha família (quase todos). Só não tô com saco pra ter todos reunidos em um remake de American Dream.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
demora mas não tarda
Hoje recebi um e-mail mais do que interessante da Villa Vittini. Após 3 anos eles viram meu post. Mesmo me chamando de "mocinha", o contato foi bem interessante. Isso mostra como o universo virtual funciona. Não fiz o relato para que eles entrassem em contato, mas amei o fato de isso tê-los incomodado. Espero que nossa conversa por e-mail possa ajudar a loja a melhorar o atendimento aos clientes. Também espero que essa história te ajude a relatar os problemas que você tenha com alguma empresa.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Quando perder tempo pode ser bom
Votar é algo pessoal e ninguém deve te dizer o que fazer. A escolha de um candidato não deve ser baseada em opções pessoais e sim no que melhor se ajusta ao coletivo. Sei que é difícil pensar nos outros em uma sociedade que nos leva a ser cada vez mais fechado em nosso mundinho.
Dia 03, em Minas, você precisa escolher 6 candidatos: presidente, senador (2), governador, deputado federal e deputado estadual. Para não perder tempo lendo propostas e pesquisando o passado dos candidatos, mais prático é aceitar a opinião de um amigo. O velho ditado já diz que se conselho fosse boa, não seria de graça.
Perder tempo analisando propostas pode salvar mais do que 4 anos de má administração. Pode melhorar a saúde, economia, educação. Não só a sua, como a de milhões de brasileiros que ainda, por falta de conhecimento, votam por cabresto.
Sendo assim, não vote no menos pior. No indicado por um familiar ou amigo. Vote naquele que você sabe que pode ajudar. Que vê a política como uma forma de ajudar o país a crescer e não a si mesmo. As opções de votos branco e nulo existem para serem usadas. Não há vergonha em escolhê-las se você acredita que quem está entre os candidatos não merecem o cargo ao que concorrem, por que escolher um deles?
Se você ainda não se convenceu, uma analogia simples: você tem uma empresa e precisa contratar um funcionário. Recebeu várias indicações e currículos. Selecionou, realizou testes e entrevistas. No fim, se não houve um candidato à altura do cargo. Você recomeça o processo com novas indicações e currículos. É trabalhoso, chato e ninguém quer fazer. Mas você, que é o responsável e precisa de alguém que te ajude a crescer, sabe a importância de passar por essa etapa. Seu voto é o “você está contratado” ou o “você está demitido” para um politico. Lembre-se disso quando for votar.
Dia 03, em Minas, você precisa escolher 6 candidatos: presidente, senador (2), governador, deputado federal e deputado estadual. Para não perder tempo lendo propostas e pesquisando o passado dos candidatos, mais prático é aceitar a opinião de um amigo. O velho ditado já diz que se conselho fosse boa, não seria de graça.
Perder tempo analisando propostas pode salvar mais do que 4 anos de má administração. Pode melhorar a saúde, economia, educação. Não só a sua, como a de milhões de brasileiros que ainda, por falta de conhecimento, votam por cabresto.
Sendo assim, não vote no menos pior. No indicado por um familiar ou amigo. Vote naquele que você sabe que pode ajudar. Que vê a política como uma forma de ajudar o país a crescer e não a si mesmo. As opções de votos branco e nulo existem para serem usadas. Não há vergonha em escolhê-las se você acredita que quem está entre os candidatos não merecem o cargo ao que concorrem, por que escolher um deles?
Se você ainda não se convenceu, uma analogia simples: você tem uma empresa e precisa contratar um funcionário. Recebeu várias indicações e currículos. Selecionou, realizou testes e entrevistas. No fim, se não houve um candidato à altura do cargo. Você recomeça o processo com novas indicações e currículos. É trabalhoso, chato e ninguém quer fazer. Mas você, que é o responsável e precisa de alguém que te ajude a crescer, sabe a importância de passar por essa etapa. Seu voto é o “você está contratado” ou o “você está demitido” para um politico. Lembre-se disso quando for votar.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Não vou dizer que sou contra dinheiro. Mas ele não é prioridade em minha vida. O dinheiro é um instrumento que tenho para realizar minhas vontades e das pessoas com quem me importo. Essas sim estão em primeiro lugar. Amigos, família, colaboradores, parceiros. Por que no fim do dia o que conta não é se sua conta corrente está com x ou xx ou quantos carros você tem na garagem. E sim se você tem alguém para conversar, rir sobre algo bobo.
A cada dia percebo como as pessoas esqueceram disso. Esqueceram que o outro tem sentimentos. Entre os protestantes eles - os que você não conhece - são chamados de irmãos. Uma nomenclatura que demonstra a importância do respeito com o outro. Um respeito que foi perdido.
Há alguns anos li uma pesquisa realizada em BH que mostrava como as pessoas ignoram os que realizam trabalhos de menor prestígio social como uma empregada doméstica, um gari ou pedreiro. Como se eles fossem diferente da classe média nariz empinado que acha que predomina o país.
Para sua informação, pelo menos 100 milhões de brasileiros vivem com 1 salário mínimo ou menos. Mais da metade da população. É entre esse grupo que existe amor ao próximo e solidariedade. Eles não ajudam por que isso deduz no imposto de renda. Eles não maltratam os outros e passam por cima de tudo e todos para terem suas vontades realizadas. Isso é o capitalismo em seu modo mais cruel. E isso doi.
Em minha casa, onde cresci com minha mãe e meus dois irmão, prostituta e madame sentam e são recebidas com o mesmo respeito. Empregada doméstica nunca foi maltratada. Se minha mãe comprava um aparelho eletrônico novo, o velho não era vendido ou encostado. Era doado.
Onde está esse tipo de ação?
Quando desligar o telefone na cara dos outros, mentir, dissimular passou a ser algo normal e até certo ponto correto?
Estou em crise. Pode até ser TPM, acredito que a desculpa de um descontrole emocional provocado por hormônios não possa ser usado aqui, mas juro que não sei se esse é o mundo em que quero viver. Ainda não é dezembro, mas está na hora de repensar o que vale a pena. O que precisa ser mudado em nós. No comportamento e no tratamento com o outro.
Não sei se já falei isso, mas uma fase em que retornei a terapia, um dia, numa das últimas sessões a psicóloga disse algo que me perturba desde então. Disse que minha insatisfação me levaria a viver isolada no meio da floresta um dia. Quando ela disse isso, achava que aconteceria em 30, 40 anos. Passaram-se 5 anos e eu quero fugir. Deixar tudo de lado. Levar comigo alguns lápis, moleskines, uma polaroide e só. Sumir por esse mundo para reencontrar o que perdi: a fé nas pessoas
A cada dia percebo como as pessoas esqueceram disso. Esqueceram que o outro tem sentimentos. Entre os protestantes eles - os que você não conhece - são chamados de irmãos. Uma nomenclatura que demonstra a importância do respeito com o outro. Um respeito que foi perdido.
Há alguns anos li uma pesquisa realizada em BH que mostrava como as pessoas ignoram os que realizam trabalhos de menor prestígio social como uma empregada doméstica, um gari ou pedreiro. Como se eles fossem diferente da classe média nariz empinado que acha que predomina o país.
Para sua informação, pelo menos 100 milhões de brasileiros vivem com 1 salário mínimo ou menos. Mais da metade da população. É entre esse grupo que existe amor ao próximo e solidariedade. Eles não ajudam por que isso deduz no imposto de renda. Eles não maltratam os outros e passam por cima de tudo e todos para terem suas vontades realizadas. Isso é o capitalismo em seu modo mais cruel. E isso doi.
Em minha casa, onde cresci com minha mãe e meus dois irmão, prostituta e madame sentam e são recebidas com o mesmo respeito. Empregada doméstica nunca foi maltratada. Se minha mãe comprava um aparelho eletrônico novo, o velho não era vendido ou encostado. Era doado.
Onde está esse tipo de ação?
Quando desligar o telefone na cara dos outros, mentir, dissimular passou a ser algo normal e até certo ponto correto?
Estou em crise. Pode até ser TPM, acredito que a desculpa de um descontrole emocional provocado por hormônios não possa ser usado aqui, mas juro que não sei se esse é o mundo em que quero viver. Ainda não é dezembro, mas está na hora de repensar o que vale a pena. O que precisa ser mudado em nós. No comportamento e no tratamento com o outro.
Não sei se já falei isso, mas uma fase em que retornei a terapia, um dia, numa das últimas sessões a psicóloga disse algo que me perturba desde então. Disse que minha insatisfação me levaria a viver isolada no meio da floresta um dia. Quando ela disse isso, achava que aconteceria em 30, 40 anos. Passaram-se 5 anos e eu quero fugir. Deixar tudo de lado. Levar comigo alguns lápis, moleskines, uma polaroide e só. Sumir por esse mundo para reencontrar o que perdi: a fé nas pessoas
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
gym
- Coloque a tornozeleira. Essa não! A outra. Elas não melhores porque tem duas.
- ok.
- Quer colocar por cima da calça? protege mais.
- Não. A calça vai soltar.
- Beleza.
- Agora coloca os braços aki, pernas paralelas, dobre um pouco o joelho. Já prendeu a tornozeleira no aparelho?
- Já. 10 quilos está leve?
- Não.
- Então braços paralelos segurando nas barras. Dobre o corpo para a frente, mantenha o quadril parado. Agora jogue a perna para trás e volte. Não precisa voltar tanto. Jogue a perna mais pro alto. Não pro lado. cuidado para não deixar o outro joelho rodar para dentro. você está mexendo o quadril. Espera. Pare. chegue um pouco mais pra frente. Agora inclina o corpo. Só a parte superior. Dobre o joelho. Agora dê um coice. Pronto. Só lembre-se de não mexer o quadril.
Ótimo.
Agora faltam só quatorze repetições para terminar a primeira série. São duas.
Montar ficha é assim. Se entendi alguma coisa? claro! Que o peso são 10kg. Pesado ou leve? Não deu pra sentir. É muita coisa para coordenar ao mesmo tempo: um joelho dobrado que não pode rodar para dentro, um quadril que não pode mexer, as costas que precisam se manter inclinada e ereta, o coice pro alto, não muito pra cima e que não retorne muito.
Qual foi a grande lição: NUNCA MAIS PARE A ACADEMIA. O retorno é um grande sofrimento
- ok.
- Quer colocar por cima da calça? protege mais.
- Não. A calça vai soltar.
- Beleza.
- Agora coloca os braços aki, pernas paralelas, dobre um pouco o joelho. Já prendeu a tornozeleira no aparelho?
- Já. 10 quilos está leve?
- Não.
- Então braços paralelos segurando nas barras. Dobre o corpo para a frente, mantenha o quadril parado. Agora jogue a perna para trás e volte. Não precisa voltar tanto. Jogue a perna mais pro alto. Não pro lado. cuidado para não deixar o outro joelho rodar para dentro. você está mexendo o quadril. Espera. Pare. chegue um pouco mais pra frente. Agora inclina o corpo. Só a parte superior. Dobre o joelho. Agora dê um coice. Pronto. Só lembre-se de não mexer o quadril.
Ótimo.
Agora faltam só quatorze repetições para terminar a primeira série. São duas.
Montar ficha é assim. Se entendi alguma coisa? claro! Que o peso são 10kg. Pesado ou leve? Não deu pra sentir. É muita coisa para coordenar ao mesmo tempo: um joelho dobrado que não pode rodar para dentro, um quadril que não pode mexer, as costas que precisam se manter inclinada e ereta, o coice pro alto, não muito pra cima e que não retorne muito.
Qual foi a grande lição: NUNCA MAIS PARE A ACADEMIA. O retorno é um grande sofrimento
domingo, 20 de junho de 2010
devaneios
Dia de jogo do Brasil é uma festa. Pra eu, que não curto futebol, também. Mas não pelo fato de poder exercer meu patriotismo ou por torcer pelo Brasil. Gosto é da concentração do jogo. Um momento para encontrar amigos, colocar o papo em dia. Acredito que isso pode ser feito diariamente, mas os compromissos impedem. Então, é em dia de jogo que as pessoas abrem espaço para não fazerem nada e aí arrumam a desculpa de que precisam torcer.
O jogo de hoje foi assim. Acompanhei tudo do jardim enquanto conversava sobre a vida com uma amiga. Vi os gols? não. Mas quem se importa? Eu não! Você já percebeu como a visão é tudo pra muita gente. Existem outros 4 sentidos que precisamos usar e a audição é um deles. Também não tinha rádio e moro em uma região calma, mas pude ouvir os chutes a gol, gol do timão e do Brasil. De certa forma comemorei, mas pra mim, o mais importante, entre as picadas de pernilongos, foi o tempo ao lado de uma amiga. São esses nossos momentos preciosos.
Logo, não entendo essa mania interiorana de ir pra cozinha. Ali você bate-papo enquanto faz outra coisa, o principal. Ficam todos desconfortáveis. Por que não usar o velho e confortável sofá que te espera com os braços abertos e iluminação apropriada?
Arrumar a cozinha é coisa que fica pra depois. Pessoas são mais importantes, principalmente quando o tempo que se passa com elas é tão pequeno.
Não posso dizer que tenho uma puta experiência de vida, pois além de nova (quase 30), sou um pouco protegida, mas uma coisa eu aprendi: ao tentar fazer muito, acabamos não fazendo nada e podemos perder tudo.
Tudo na vida é experiência. Assim, de nada adianta fazer algo se você não presta atenção naquilo. É parte da sua vida que não volta e foi desperdiçada. Sei que é difícil viver cada momento como se fosse o último, mas lembre-se: ele é único!
O jogo de hoje foi assim. Acompanhei tudo do jardim enquanto conversava sobre a vida com uma amiga. Vi os gols? não. Mas quem se importa? Eu não! Você já percebeu como a visão é tudo pra muita gente. Existem outros 4 sentidos que precisamos usar e a audição é um deles. Também não tinha rádio e moro em uma região calma, mas pude ouvir os chutes a gol, gol do timão e do Brasil. De certa forma comemorei, mas pra mim, o mais importante, entre as picadas de pernilongos, foi o tempo ao lado de uma amiga. São esses nossos momentos preciosos.
Logo, não entendo essa mania interiorana de ir pra cozinha. Ali você bate-papo enquanto faz outra coisa, o principal. Ficam todos desconfortáveis. Por que não usar o velho e confortável sofá que te espera com os braços abertos e iluminação apropriada?
Arrumar a cozinha é coisa que fica pra depois. Pessoas são mais importantes, principalmente quando o tempo que se passa com elas é tão pequeno.
Não posso dizer que tenho uma puta experiência de vida, pois além de nova (quase 30), sou um pouco protegida, mas uma coisa eu aprendi: ao tentar fazer muito, acabamos não fazendo nada e podemos perder tudo.
Tudo na vida é experiência. Assim, de nada adianta fazer algo se você não presta atenção naquilo. É parte da sua vida que não volta e foi desperdiçada. Sei que é difícil viver cada momento como se fosse o último, mas lembre-se: ele é único!
quinta-feira, 17 de junho de 2010
desabafo
Tenho fases emocionais durante o ano. Nessa época sou deprimida e insatisfeita. É sempre a mesma coisa. E quando estou assim tenho a ânsia de me isolar das pessoas. É hora de ficar só com minhas emoções para conseguir sobreviver até dezembro quando a quantidade de despedidas e o excesso de trabalho fazem com que eu desvie o foco. E aí, quando o inverno chega, todos aqueles sentimentos retornam. Um ciclo infalível.
Contudo, tenho a impressão que a cada ano esse tempo fica maior e os dramas tem se repetido. E aí relembro a frase de uma amiga após uma série de testes para uma análise que fiz: se você não resolver sua insatisfação, acabará se mudando para uma floresta!
Não penso em me isolar da sociedade, mas sei que preciso fazer algo. Normalmente as mudanças profissionais sanam a crise. Mas não vem ao caso este ano. A saúde é sempre uma boa opção, mas não sei se desta vez funcionará. Por isso, optei pela psicologia. Agendei um psiquiatra e preciso voltar a análise. Quem sabe não será assim que encontrarei a chave para a insatisfação? Ou entenderei que a floresta é mesmo o meu caminho e ficarei feliz entre os animais?
Hoje, enquanto estava no trânsito pensava no jogo do Brasil de ontem. Ou melhor, no barulho das vuvuzelas e cheguei à conclusão que as vuvuzelas em minha mente são mais chatas do que as africanas e não cessam com rapidez.
Contudo, tenho a impressão que a cada ano esse tempo fica maior e os dramas tem se repetido. E aí relembro a frase de uma amiga após uma série de testes para uma análise que fiz: se você não resolver sua insatisfação, acabará se mudando para uma floresta!
Não penso em me isolar da sociedade, mas sei que preciso fazer algo. Normalmente as mudanças profissionais sanam a crise. Mas não vem ao caso este ano. A saúde é sempre uma boa opção, mas não sei se desta vez funcionará. Por isso, optei pela psicologia. Agendei um psiquiatra e preciso voltar a análise. Quem sabe não será assim que encontrarei a chave para a insatisfação? Ou entenderei que a floresta é mesmo o meu caminho e ficarei feliz entre os animais?
Hoje, enquanto estava no trânsito pensava no jogo do Brasil de ontem. Ou melhor, no barulho das vuvuzelas e cheguei à conclusão que as vuvuzelas em minha mente são mais chatas do que as africanas e não cessam com rapidez.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
2014?
Você já foi à um evento e se sentiu totalmente deslocado? Com aquela sensação de que todos te olham como se fosse de outro planeta? Foi assim que me senti sempre que iniciava uma conversa com alguém sobre os preparativos para a Copa do Mundo de Futebol de 2014, em Brasília.
Durante os dias em que eu e o fotógrafo Daniel de Cerqueira ficamos na cidade, só se falava em Arruda e mensalão. A faixa verde e amarela, recém-colocada em alguns taxis, era motivo de revolta em parte da categoria. “Verde é a cor do Arruda!” disse um deles, indignado por ter sido obrigado a colocá-la. E eu achando legal os táxis patrióticos.
Em outra situação, a assessoria de imprensa de uma secretaria do Distrito Federal, pareceu ficar ofendida quando pedi que ela confirmasse o nome do secretário. A ligação estava ruim, então fui direta: “o secretário ainda é fulano?” Recebi um ríspido “ciclano assumiu o cargo há muito tempo!” - menos de 60 dias – mas quase um recorde nessa crise da política candanga. Na noite anterior à viagem o governador era um. Quando pousei em Brasília, já era outro. E no seguinte… melhor nem tentar.
Acompanhar a situação política só era possível se você dormisse e acordasse com o radio ligado em uma estação especializada - e olhe lá. Nem o site oficial do DF ficou no ar. Sem governador, com uma possível intervenção federal, a festa em comemoração dos 50 anos da cidade por um fio e eu querendo falar sobre as obras para um evento que acontecerá daqui 4 anos. É, eu fui o peixe fora d’água. Tudo bem, planejar e construir uma estrutura como a projetada demanda tempo, mas quem consegue pensar no bolo se nem o fubá está certo?Durante a apuração, algumas obras foram paralisadas e reiniciadas de um dia para o outro. Até pessoas envolvidas no processo estavam perdidas. Salvo Sérgio Graça, gerente da Comissão da Copa na cidade. Independente de qual secretaria, a resposta parecia automática: tecle 1 para “sobre isso quem está por dentro das informações é o Sérgio”; 2 para “entre em contato com o Sérgio e ele indicará a pessoa para falar sobre o assunto”.Até a entrevista com o secretário de esportes, Hebert Felix, teve um dedinho do Sérgio para eu conseguir a confirmação. E foi um pouco antes da entrevista que Hebert recebeu a notícia de que estava de mudança para desocupar o Mané Garrincha. Data: 30 de março. Se você vir algumas mesas com computadores na Asa Sul, próximo ao estádio, pode ser que sejam eles.Por fim, consegui conversar com as pessoas-chave para a reportagem existir. Mas dá-lhe telefonemas e remarcações. Sem contar que eu e o Daniel estávamos pela primeira vez em Brasília. Com cada entrevistado era em um ponto, foi preciso contar o tempo perdido nos trajetos. Nem Rafaela, nossa guia por um dia e brasiliense de nascimento, conseguiu nos guiar sem se perder. A população é muito amigável e se propõe a ensinar o caminho com muita educação. Mas há um grande problema: falta sinalização. O gadget de GPS do celular ajudou, mas também não é configurado para o formato de endereço de Brasília. Fui à Brasília ver os preparativos para competir com outras capitais e ser o QG do evento. Voltei com uma excelente impressão da cidade. Rindo do que eles chamam de congestionamento e hora do rush, com saudade da gastronomia diversificada e dos amigos que fiz e revi. A cidade vai sediar a Copa? Eu não sei, mas tem alguma cidade preparada para isso ou com problemas menores?
Durante os dias em que eu e o fotógrafo Daniel de Cerqueira ficamos na cidade, só se falava em Arruda e mensalão. A faixa verde e amarela, recém-colocada em alguns taxis, era motivo de revolta em parte da categoria. “Verde é a cor do Arruda!” disse um deles, indignado por ter sido obrigado a colocá-la. E eu achando legal os táxis patrióticos.
Em outra situação, a assessoria de imprensa de uma secretaria do Distrito Federal, pareceu ficar ofendida quando pedi que ela confirmasse o nome do secretário. A ligação estava ruim, então fui direta: “o secretário ainda é fulano?” Recebi um ríspido “ciclano assumiu o cargo há muito tempo!” - menos de 60 dias – mas quase um recorde nessa crise da política candanga. Na noite anterior à viagem o governador era um. Quando pousei em Brasília, já era outro. E no seguinte… melhor nem tentar.
Acompanhar a situação política só era possível se você dormisse e acordasse com o radio ligado em uma estação especializada - e olhe lá. Nem o site oficial do DF ficou no ar. Sem governador, com uma possível intervenção federal, a festa em comemoração dos 50 anos da cidade por um fio e eu querendo falar sobre as obras para um evento que acontecerá daqui 4 anos. É, eu fui o peixe fora d’água. Tudo bem, planejar e construir uma estrutura como a projetada demanda tempo, mas quem consegue pensar no bolo se nem o fubá está certo?Durante a apuração, algumas obras foram paralisadas e reiniciadas de um dia para o outro. Até pessoas envolvidas no processo estavam perdidas. Salvo Sérgio Graça, gerente da Comissão da Copa na cidade. Independente de qual secretaria, a resposta parecia automática: tecle 1 para “sobre isso quem está por dentro das informações é o Sérgio”; 2 para “entre em contato com o Sérgio e ele indicará a pessoa para falar sobre o assunto”.Até a entrevista com o secretário de esportes, Hebert Felix, teve um dedinho do Sérgio para eu conseguir a confirmação. E foi um pouco antes da entrevista que Hebert recebeu a notícia de que estava de mudança para desocupar o Mané Garrincha. Data: 30 de março. Se você vir algumas mesas com computadores na Asa Sul, próximo ao estádio, pode ser que sejam eles.Por fim, consegui conversar com as pessoas-chave para a reportagem existir. Mas dá-lhe telefonemas e remarcações. Sem contar que eu e o Daniel estávamos pela primeira vez em Brasília. Com cada entrevistado era em um ponto, foi preciso contar o tempo perdido nos trajetos. Nem Rafaela, nossa guia por um dia e brasiliense de nascimento, conseguiu nos guiar sem se perder. A população é muito amigável e se propõe a ensinar o caminho com muita educação. Mas há um grande problema: falta sinalização. O gadget de GPS do celular ajudou, mas também não é configurado para o formato de endereço de Brasília. Fui à Brasília ver os preparativos para competir com outras capitais e ser o QG do evento. Voltei com uma excelente impressão da cidade. Rindo do que eles chamam de congestionamento e hora do rush, com saudade da gastronomia diversificada e dos amigos que fiz e revi. A cidade vai sediar a Copa? Eu não sei, mas tem alguma cidade preparada para isso ou com problemas menores?
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Ressaca sem carnaval ninguém merece
Alguns assuntos a gente nunca sabe se deve ou não escrever sobre. Contudo, porém, entretanto, é escrevendo que eu consigo tirar da mente todos os zilhões de pensamentos about it. Então… aí vai.
Há alguns dias eu recebi uma notícia. Achei que fosse piada de carnaval. Aquilo ficou ali na minha mente, mas o tempo todo eu só pensava: "estão zuando de eu". Foi quando o carnaval acabou e veio a certeza de que tudo era verdade e tinha mais um pouco também. As minhas alucinações carnavalescas, as brincadeiras são reais. Com um diferencial: não houve álcool, pegarão, nem noites viradas… aff…
Vamos começar pelo princípio: o que fazer quando chegam aos seus ouvidos informações privilegiadas e adiantadas sobre coisas que afetarão a vida de pessoas com quem você se importa? Contar ou ficar na sua? Esperar que te liguem avisando que o gato subiu no telhado, ou você sai e dá a notícia. Esse é o meu drama. Espero até a última semana do mês. Ou resolvo tudo agora???
Agora vem a melhor parte: isso não tem nada a ver com o meu presente. É o meu passado!!!! Por que as vezes o botão do "foda-se" emperra e custa a ligar? Por que coisas que já não farão diferença em seu futuro te incomodam tanto? Por que não conseguimos nos desligar de algumas coisas? não sei e dou uma garrafa do meu grande amigo José para quem conseguir me dar a resposta com fatos que não tenha contra argumentos. E digo mais: isso não é uma promoção. Não saio distribuindo Joses para qualquer um. O sr. Cuervo es nu amigo mui especial. É apenas uma forma de retribuir o gesto de conseguir acabar com algo que me tormenta.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Preciso atualizar
Estou meio que com muito tempo atoa. Tanto, que posso enrolar até para escrever. E tenho feito isso. Contraditoriamente, não tem dado tempo de escrever no blog. Mas uma coisa que já havia comentado no twitter e não podia esperar mais é como esse início de ano foi pós-moderno. Início, meio e fim todos unidos. Tudo em um único dia. O mais legal é que pra a simbologia dos três unidos em um único. Como é o mundo hoje. Unido por algo que na verdade, se você pensar bem, não existe. E a virada de um ano para o outro é exatamente isso. O fim do que não terminou (você conhece alguém que encerrou contas e fazeres todos antes do ano virar?), o início de algo que está continuando, ou seja: é o meio. E viramos de ano exatamente no meio da semana. Meio que o mundo globalizado em que pessoas saem dos Estados Unidos para trabalharem no Brasil (tem um garçon no Outback do Pátio que veio do Kansas); e gente que sai daqui para fugir da rotina e encontra milhares de conterrâneos passando férias no mesmo local, com o mesmo intuito (Orlando e Miami); sem contar as desigualdades mundiais que mostram quanto regionais ainda estamos...
Louco, muito louco...
E pra mim? bem...
Virei o ano no modo mais simples dos últimos 10 anos. E que com certeza está no meu TOP 5. Até às 23h quando cheguei na festa e vi todos de branco, parecia um dia comum, ordinário como qualquer outro durante as férias. Acordei tarde, tagarelei ao telefone, ri com as histórias da minha mãe e irmão, bebi com a galera, comi bem, ri muito e zuei bastante. Quer um dia melhor? A festa bombante tinha 15 pessoas. Contando os anfitriões que eram 5. rs... O que mostra que para uma festa ser boa não importa o número e sim quem estará nela. Também acredito que não importa o tempo. Por ser do contra (é algo subconsciente), não consigo ficar muito tempo. Curto, curto e no melhor da festa: hora de ir pra casa, tirar a maquiagem e desmaiar.
Já que começei....
O final de ano foi em Lagoa da Prata, onde mora minha mãe. Encontrei um buteco que se você passar pela cidade precisa ir. É o bar do Levi. Espetinho de camarão, filé de tilápia, bolinho de bacalhau e os petiscos triviais de um bar. Bebidas: alguns tipos de absinto, inclusive o vermelho, tequilas, cervejas, vodkas e outros destilados. Opções no interior é raridade. Balalaika é palavra proibida no lugar. Santo Levi...
Tornou minhas leituras e férias muito mais interessantes. rs...
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