Semanas atrás eu vi Sex in the City e amei rever as quatro. Rever é só um modo de dizer já que o seriado é exibido diariamente na TV a cabo. E hoje, conversando com umas amigas percebi como cada uma de nós é uma personagem. E isso é uma das coisas que me fascina em TV. Você conseguir fazer com que as pessoas que estão assistindo criem de alguma forma uma ligação com a pessoa que está falando. Isso não requer pacto com o diabo ou coisa parecida. Só é preciso uma coisa: conhecimento técnico. Se você não é médico não saberá interpretar um exame como tal. Se você começou agora, espere; dê tempo ao tempo, seja humilde e em pouco tempo terá condições de escrever, gravar, roteirizar, entrevistar de uma forma que quem veja se coloque naquele lugar e não simplesmente passe por aquilo.
É até engraçado eu ler as duas últimas palavras da frase acima. Hoje isso aconteceu comigo. Falaram comigo sobre coisas como se elas fossem a descoberta da roda ou da penicilina e eu fiquei ali abanando a cabeça e pensando: pra que estudei tanto. Aí entro dentro de um ônibus e olho para as pessoas ao meu redor. Nenhuma parecia feliz. Apenas seguindo a vida, cumprindo as obrigações diárias necessárias para sobreviver, afinal, são necessários 151 dias de trabalho só para quitar os impostos. E muitos em empregos sem aspirações profisionais, pessoas que fizeram escolhas erradas, ou são consequências das escolhas dos outros. Você pode não pensar assim, mas o efeito borboleta é a maior verdade quando se trata de seres humanos. Um ato que parece isolado pode se tornar um verdadeiro tufão e atingir pessoas que você nem conhece. E são essas as mais atingidas. Até porque por mais que família seja igual sanguessuga, nós temos a obrigação de sermos gostar deles. Se você não conhece, nem se preocupa. Aprendemos a fazer isso com muita facilidade. Vemos tragédias enquanto comemos e não fazemos nada a respeito. Na verdade fazemos sim. Comentamos como o mundo está se acabando... como estes sãos os sinais do fim dos tempos e todas essa besteiras que limpam nossa mente e nos fazem voltar à maravilhosa zona de conforto que gostamos de viver.
Alguns dizem que sou revoltada por natureza. Por contestar, por não ser papagaio de pirata, por manter meus ideais a qualquer custo e por ser birrenta em sustentar situações que um falso sorriso ou desculpe resolveria, mas essa não sou eu e continuo pensando que se no mundo existissem menos pessoas conformadas com a vida, com maior vontande de fazer a diferença e defender seus ideias não tivéssemos um continente inteiro passando fome. Amo os sonhos, eles nos fazem ir longe e manter uma meta, mas continua achando que precisamos parar de voar e descer para a realidade. Ação. Essa é a palavra que tanto falta em nossos atos.
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