segunda-feira, 23 de junho de 2008

Esses dias começei a ler o about me que escrevi alguns anos atrás. Legal essas coisas, né. Pouco mudou. Na verdade quase nada. Um dia, conversando com uma amiga que estava próxima de completar quarenta anos, ela disse que entrar na quarta década de vida não a assustou tanto quanto se tornar uma trintona, pois aos 30 ela olhava pra trás e ainda via aquela menina de 15 anos que ainda estava no colégio. O mesmo aconteceu comigo quando saí da faculdade. pensei: caramba, eu continuo a mesma e a idade só tem aumentado. As coisas devem ser mesmo assim... Eu ainda não acredito que já passei dos 20, que estou próxima dos 30. Inclusive, costumo brincar que mentalmente não passo dos 12. hehehehe. Deve ser uma forma de compensar.
Semanas atrás eu vi Sex in the City e amei rever as quatro. Rever é só um modo de dizer já que o seriado é exibido diariamente na TV a cabo. E hoje, conversando com umas amigas percebi como cada uma de nós é uma personagem. E isso é uma das coisas que me fascina em TV. Você conseguir fazer com que as pessoas que estão assistindo criem de alguma forma uma ligação com a pessoa que está falando. Isso não requer pacto com o diabo ou coisa parecida. Só é preciso uma coisa: conhecimento técnico. Se você não é médico não saberá interpretar um exame como tal. Se você começou agora, espere; dê tempo ao tempo, seja humilde e em pouco tempo terá condições de escrever, gravar, roteirizar, entrevistar de uma forma que quem veja se coloque naquele lugar e não simplesmente passe por aquilo.

É até engraçado eu ler as duas últimas palavras da frase acima. Hoje isso aconteceu comigo. Falaram comigo sobre coisas como se elas fossem a descoberta da roda ou da penicilina e eu fiquei ali abanando a cabeça e pensando: pra que estudei tanto. Aí entro dentro de um ônibus e olho para as pessoas ao meu redor. Nenhuma parecia feliz. Apenas seguindo a vida, cumprindo as obrigações diárias necessárias para sobreviver, afinal, são necessários 151 dias de trabalho só para quitar os impostos. E muitos em empregos sem aspirações profisionais, pessoas que fizeram escolhas erradas, ou são consequências das escolhas dos outros. Você pode não pensar assim, mas o efeito borboleta é a maior verdade quando se trata de seres humanos. Um ato que parece isolado pode se tornar um verdadeiro tufão e atingir pessoas que você nem conhece. E são essas as mais atingidas. Até porque por mais que família seja igual sanguessuga, nós temos a obrigação de sermos gostar deles. Se você não conhece, nem se preocupa. Aprendemos a fazer isso com muita facilidade. Vemos tragédias enquanto comemos e não fazemos nada a respeito. Na verdade fazemos sim. Comentamos como o mundo está se acabando... como estes sãos os sinais do fim dos tempos e todas essa besteiras que limpam nossa mente e nos fazem voltar à maravilhosa zona de conforto que gostamos de viver.

Alguns dizem que sou revoltada por natureza. Por contestar, por não ser papagaio de pirata, por manter meus ideais a qualquer custo e por ser birrenta em sustentar situações que um falso sorriso ou desculpe resolveria, mas essa não sou eu e continuo pensando que se no mundo existissem menos pessoas conformadas com a vida, com maior vontande de fazer a diferença e defender seus ideias não tivéssemos um continente inteiro passando fome. Amo os sonhos, eles nos fazem ir longe e manter uma meta, mas continua achando que precisamos parar de voar e descer para a realidade. Ação. Essa é a palavra que tanto falta em nossos atos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário